Interessante como a despretensão das coisas nos surpreende, e mais ainda como as palavras despretenciosas e sem tantas expectativas nos tocam muito mais do que as frases ensaiadas e cheias de pompa.
Hoje ao assistir a uma entrevista da Danuza Leão, a Ana Maria Braga, fiquei surpreso com as palavras sábias de uma mulher que não se encontra facilmente por aí. Palavras que falavam de como devemos simplificar a vida e também de como a felicidade passa por nós e nem nos damos conta.
Na entrevista muitas coisas foram ditas e ficaram marcadas, mas principalmente as palavras que nos foram apresentadas quando trataram do nosso acúmulo de quinquilharias, que não nos levarão a nada, a não ser a juntar coisas e acabarmos sendo egoístas. Pode ser duro se desfazer de nossas coisas, dos nossos, livros, objetos, mas custa nada tentar. Por que ficarmos com as coisas guardadas somente para nós e não compartilharmos com outras pessoas e tentarmos fazer alguém se sentir tão bem ou até melhor do que nós, quando estávamos com esses objetos?
Seria tão bom se fosse assim tão fácil, mas custa nada tentarmos nos livrar das amarras que temos as coisas que nos cercam. Praticar esse desapego não é fácil. Quem sabe praticando esse desapego com o tempo poderemos ver que fomos felizes e que fizemos mais alguém feliz também. Até porque como disse Danuza as vezes percebemos que tivemos momentos felizes, que fomos felizes e que somos felizes somente quando os momentos passam. Temos que aproveitar os momentos presentes, mas principalmente estarmos atentos aos que nos fazem felizes também, para que não passem em brancas nuvens.
Muita coisa há para ser dita e escrita sobre a simplificação das coisas em nossavida,mas seguindo o conselho da Danuza, vamos escrever sobre essas coisas simples, sobre nosso dia, sobre nossos sentimentos, pois no futuro se alguém puder ler sobre o que escrevemos vai saber como fomos e se estávamos ou não felizes e, de preferência, de forma simples.
